terça-feira, 26 de março de 2013

MINIATURIZAÇÃO DO MÉDIUM (Nova técnica mediúnica)

 Existe uma técnica na Apometria que se chama “Miniaturização do médium”. Essa técnica consiste em promover a diminuição da consciência do médium até o ponto de se conseguir entrar no corpo físico em consciência e perceber as desarmonias existentes. O médium pode passar pela corrente sanguínea, pode atravessar órgãos, visualizar a condição dos ossos, percorrer cada nervo do corpo e assim realizar um tratamento neles. Tenho conhecimento de grupos que já se utilizaram dessas técnicas e tiveram bons resultados no trato de moléstias e sintomas físicos.

Porém, apesar de ser algo fascinante, não devemos nos focar no plano físico em detrimento dos planos sutis, pois como já disse, é neles onde reside a causalidade desses mesmos transtornos corporais. De nada adianta resolve-los e depois voltar a ter os mesmos problemas por precipitação de energias desarmônicas nos corpos superiores. Devemos sempre tomar cuidado com isso, pois o foco da Apometria é o tratamento dos corpos sutis, mais notadamente o corpo etérico, astral e mental inferior.

Alguns yogues praticam essa técnica e também alguns ocultistas. Trata-se de diminuir nossa percepção para investigar o corpo humano psiquicamente. É também possível, não apenas diminuir, mas expandir-se em consciência a tal ponto em que podemos entrar em contato com estrelas, planetas e com a própria imensidão cósmica, sentindo que nossa consciência interior pode atingir a infinitude do Cósmico, pois essa é a nossa natureza eterna.

É também possível diminuir a tal ponto de observar o infinitamente pequeno, como as moléculas, os átomos, os elétrons, e até mesmo, uma existência inconcebivelmente pequena. Como o espaço físico é apenas uma referência de nossa consciência objetiva, quando entramos num estado alterado de consciência, podemos dispensar as dimensões espaciais e relativizar tudo, tempo, espaço, causalidade, etc. Podemos então vislumbrar todo o cósmico, desde que alcancemos um nível de consciência capaz de investigar cada vez mais fundo.

Porém, essa técnica de “miniaturização do médium” é apenas um tipo de aplicação da faculdade da visão psíquica. Um vidente pode observar todos os órgãos internos de uma pessoa e ver as desarmonias existentes em seu físico. Pode ver câncer, infecções, impurezas, etc. O fato de fazer-se pequeno não tem tanta importância.

Certa vez estava realizando a doutrinação apométrica junto a uma médium que faço dupla no Grupo Mahaidana. Estávamos tratando uma personalidade passada quando a médium começa a relatar uma visão sobre a coluna do atendido. Ela conta que percebe uma cor avermelhada na região da coluna onde a pessoa diz sentir muitas dores. Nesse momento, a sensitiva conseguiu perceber uma parte da estrutura interna material, que pôde ser útil para um trabalho de cromoterapia mental que irradiamos na coluna da moça.

Além disso, fizemos a invocação de uma equipe espiritual de curas físicas, composta por seres de luz que estão designados por espírito mais evoluídos para esta função. Um membro do grupo espiritual informou que poderíamos encerrar o atendimento, pois o tratamento físico iria continuar ainda pelas próximas horas, pois a problemática física exigiria um dispêndio de tempo maior do que o tempo do tratamento em si. Nesse sentido, queremos chamar a atenção para o fato de que o mais importante é a visão psíquica que consegue observar o corpo internamente.

De qualquer forma, é mais eficaz quando conseguimos ver, não apenas a desarmonia já manifestada no físico, mas também a causa espiritual que está por detrás, uma desarmonia que pode existir num dos níveis em decorrência de vidas anteriores que precisem ser tratadas. Tratando-se a causa, temos os melhores efeitos.

AUTOR: Hugo Lapa



terça-feira, 19 de março de 2013

Causas, consequências e profilaxia do suicídio



As estatísticas de órgãos oficiais são imprecisas quanto às taxas de suicídio no Globo, que apresentam variantes indefinidas de região para região. O suicídio é considerado a décima causa de morte no mundo. Os estudiosos não encontram uma explicação conclusiva para as disparidades das taxas e as causas do suicídio, visto que há uma combinação de fatores de diversas ordens: sociais, econômicos, psicológicos, psiquiátricos e ambientais que podem contribuir para a sua ocorrência.1

Graças ao crescimento dos índices de suicídio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trata o evento como um problema de saúde pública desde a década de 90, iniciativa que também foi adotada pelo governo brasileiro a partir de 2005.2

Não obstante todas as causas apontadas pelos estudiosos terrestres, quase sempre ligadas a fatores exógenos, na raiz do problema encontramos o enigma espiritual ignorado pelas ciências acadêmicas. A tese espírita contribui muito para o combate e a erradicação do suicídio, porque, além dos fatores externos, estudados pela comunidade científica, avalia a própria experiência dos suicidas, os quais, utilizando-se de médiuns, vêm, pessoalmente, advertir os homens sobre a inutilidade e o equívoco desse gesto.3

Que razões levam uma pessoa a desertar de um bem tão precioso que é a vida, contrariando o instinto de conservação? Como vacinar-se contra esse flagelo?

O desgosto da vida e o suicídio possuem diversas causas.4 Pretendemos analisar apenas algumas delas, sob o ponto de vista dos princípios estudados pelo Espiritismo, sem intenção de esgotar o tema, até porque não há espaço para isso nestas páginas.

O materialismo, fundado na crença niilista, tem sido um dos grandes vetores desse flagelo.5 Acreditando que a morte é o fim de tudo, muitas pessoas, desgostosas da vida, optam pela saída desditosa do suicídio. É uma ideia que repugna à lógica e ao bom-senso.

Se a morte fosse a destruição completa do homem, muito ganhariam com ela os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, do Espírito e dos vícios. Basta um pouco de reflexão: por que lutar para ser bom, para progredir, se todos vamos ter o mesmo destino, independentemente de nosso comportamento? A vida no corpo físico perderia completamente a razão de ser. Seria inútil reencarnar. A crença de que após a morte física vem o nada é incompatível com a perfeição, a justiça e a bondade de Deus.

O orgulho e a ignorância a respeito das leis espirituais também contribuem para isso. Criaturas em desespero, numa atitude de rebeldia contra as Leis do Criador, não aceitando os reveses que a vida lhes impõe, em decorrência da lei de causa e efeito, procuram o suicídio como válvula de escape para seus problemas, que lhes parecem insuperáveis ou insolúveis, sem considerar que as dificuldades, por mais desafiadoras que sejam, constituem instrumentos de resgate, crescimento intelectual e espiritual. Para não cederem em seus pontos de vista inflexíveis ou por não aceitarem uma derrota, uma doença aparentemente incurável, um desastre financeiro, 6 uma decepção amorosa, procuram o suicídio que, entretanto, lhes reserva amargas experiências.

A obsessão espiritual tem sido outra causa dos suicídios, muito pouco estudada pelos profissionais da saúde, muitos deles desconhecedores das Leis Naturais ora estudadas. A obsessão é o domínio que Espíritos inferiores exercem sobre certas pessoas.7 Não raro, são inimigos do passado, ávidos de vingança contra o seu desafeto. Por vezes, o assédio espiritual é tão grande que pode ocasionar problemas orgânicos sérios, inclusive lesões no cérebro, capazes de levar a pessoa à loucura, se não receber tratamento espiritual adequado, a tempo.

Outra causa predominante é o desleixo para com o corpo físico, instrumento do progresso, tais como o abuso dos alimentos, do álcool, do fumo, das drogas, dos remédios em excesso, do sexo desequilibrado, do ódio, da mágoa profunda etc. Estes hábitos nocivos constituem fontes solapadoras das energias, que muito contribuem para que a morte física aconteça antes do tempo. É conhecido como suicídio indireto ou inconsciente. 8 A pessoa não quer, deliberadamente, a morte, mas o estilo de vida adotado a conduz à morte prematura. Considerando o estágio moral da coletividade, quase todos podemos ser considerados suicidas inconscientes. Daí a importância do cultivo da religião, que nos oferece diretrizes para vivermos uma vida de qualidade, sem abusar das prerrogativas que o Criador nos concede para dela desfrutarmos.

As consequências do suicídio são terríveis para o Espírito e todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a sua prática. Elas são as mais variadas e correspondem às causas e às circunstâncias que o produziram.9 Há, entretanto, resultados que são comuns a todos. Os Espíritos narram que a primeira coisa que descobrem, frustrados, após o gesto tresloucado, é que ninguém foge de si mesmo, ninguém morre. O que se destrói é apenas o corpo físico. A consciência continua palpitando em outra dimensão. Por isso, o desapontamento e a desordem das faculdades mentais são assaz penosos, os quais, aliados ao remorso, os atingem em cheio.

Os sofrimentos, em vez de serem aliviados, como esperava o suicida, agravam-se superlativamente. Experiência comum a todos os Espíritos que optaram por essa fuga impossível é a visão constante dos fatos que culminaram com a sua morte física, como se fosse um filme de sua própria vida, num morrer e remorrer sem tréguas.10 A visão do corpo em estado de putrefação e a sensação de estar sendo devorado pelos vermes também é muito comum no Espírito suicida, o qual experimenta severas dificuldades para se desligar dos laços carnais. Depois, vêm as flagelações nos planos espirituais inferiores, onde o enfermo se junta a outros Espíritos sofredores em situação semelhante, agravando a sua situação moral.

Não bastasse tudo isso, o suicida poderá ter dificuldades de acesso às reencarnações futuras, benditas oportunidades de recomeço para o Espírito, que lhe proporcionarão trégua nas dores superlativas e lhe permitirão a chance de reparar seu erro e as consequências do ato desatinado, que também flagela os entes queridos.

O estudo das propriedades do perispírito, considerado o modelo organizador biológico do corpo físico, auxilia a compreender o porquê de tantas enfermidades físicas e/ou mentais dolorosas que afetam milhares de reencarnantes, muitas delas radicadas no suicídio então praticado, as quais devem ser vistas não como punição divina, mas sim como o remédio amargo que corrige e reeduca o Espírito imortal, considerando que a Justiça Divina se encontra insculpida na própria consciência. É que a dor do remorso, sob o comando da mente, tem o condão de provocar alterações na estrutura atômica do perispírito, o que afeta, sensivelmente, a formação do futuro corpo físico.11

O suicídio é uma violenta interferência nos mecanismos da Lei Divina, pois a vida é um bem supremo indisponível. Se o homem não é capaz de criar, também não tem o direito de destruir o próprio corpo, primeiro empréstimo de Deus concedido ao seu detentor, para aperfeiçoamento do Espírito imortal.

Aquele que se mata, na vã esperança de rapidamente chegar ao “céu”, comete outra loucura. Assim agem muitos fanáticos, destruindo-se e a tantos outros inocentes. Os que assim procedem apenas retardam a sua entrada num mundo melhor e terão de pedir lhes seja permitido voltar, para concluírem a vida a que puseram termo, sob o influxo de uma ideia falsa. O mesmo destino está reservado àqueles que se matam, com o intuito de se juntar aos entes queridos que os precederam na grande viagem. Esse gesto estúrdio, em vez de aproximá- los, os afastará ainda mais dos seres que amam.12

O Espiritismo, com este precioso cabedal de informações, apresenta-se como solução preventiva não somente aos Espíritos atormentados, mas também aos que gozam de boa saúde mental, alertando-os sobre os perigos e a inutilidade desse gesto insano. Tais conhecimentos não apenas previnem como também consolam os familiares, ante a certeza da misericórdia divina que, além das atenuantes dos sofrimentos, conforme as circunstâncias, proporciona ao suicida a reparação do erro.

Por isso, ao tomarmos conhecimento de que alguém cometeu suicídio, não condenemos, mas elevemos o pensamento em prece a Deus,13 para que o irmão desventurado suporte, com resignação, os sofrimentos que carreou a si próprio, sempre lembrando que, para aqueles que continuam estagiando no plano físico, os maiores antídotos contra o suicídio são a vigilância, a oração e o trabalho em favor do próximo.

 Christiano Torchi

1 Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/ /wiki/Suic%C3%ADdio>. Acesso em: 8/4/2012.
2 Disponível em: <http://www.ipcdigital.com/br/Noticias/Brasil/Brasil-ve-suicidio-como-questao-de-saude-publica>. Acesso em: 8/4/2012.
3 PEREIRA, Yvonne A. Memórias de um suicida. Pelo Espírito Camilo Cândido Botelho. 26. ed. 9. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011.
4 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos.Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 943.
5 KARDEC,Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. (atualizada).Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 5, it. 14 a 17.
6 XAVIER, Francisco C.; VIEIRA,Waldo. A vida escreve. Pelo Espírito Hilário Silva. 10. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Pt. 2, cap. 7.
7 KARDEC,Allan. O livro dos médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. 2. ed. esp. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Pt. 2, cap. 23.
8 XAVIER, Francisco C. Nosso lar. Pelo Espírito André Luiz. 61. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 1, 2 e 4.
9 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad.Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 957.
10 SCHUBERT, Suely C. O semeador de estrelas. Salvador: LEAL, 1989. Cap. 9.
11 XAVIER, Francisco C. Religião dos espíritos. Pelo Espírito Emmanuel. 21. ed. 2. reimp.
Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. Veneno.

Fonte:http://www.sebemnet.org.br/index.php/espiritismo/artigos-item-menu/471-causas-consequencias-e-profilaxia-do-suicidio

sexta-feira, 15 de março de 2013

A vida e o seu sentido

Aluney Elferr Albuquerque Silva

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a saúde não é a ausência de doença, mas uma condição de pleno bem estar físico, mental social e espiritual, no qual se tem acesso ao uso de todas as potencialidades, mantendo-se aberto ao crescimento e a evolução.
Neste estado podemos sentir em todos os momentos alegria de estar interagindo com os outros e o prazer de viver, sentimentos de plenitude e consciência de harmonia com o universo que nos circunda, e quando falamos em universo, não expressamos somente o universo planetário, distante de nós, mas as mais singelas expressões naturais que estão definitivamente vivas ao nosso redor, participando ativamente de nosso habitat e interagindo conosco, recebendo as nossas vibrações e transmitindo suas energias, a todo o instante.
O sentido da vida esta efetivamente em buscarmos viver não em excessos mais em equilíbrio, fazendo o que queremos, pois que somos livres para agir, mas medindo o poder de nossas ações e estudando cautelosamente as conseqüências das mesmas. Saber onde acaba nosso limite e começa o do outro, é um dos principais recursos para se viver em sociedade e em harmonia, ainda que exista conflitos a serem vencidos e vivenciados.
As emoções e sentimentos, especialmente quando não encontram meios de expressão, somatizam-se e manifestam-se de variadas maneiras, de acordo com a predisposição genética e comportamental e as fragilidades orgânicas de cada indivíduo. Somos sabedores que todos temos uma genética espiritual, da qual não podemos fugir, mas podemos sublimar as deficiências aí existentes, então nessa genética espiritual estão contidas nossas principais deficiências que viemos angariando com o passar dos tempos, e que hoje muitas dessas deficiências estão em estado de latência, e outras virão compulsoriamente no sentido de nos reeducar. As que estão no estado de latência, poderão ou não se manifestar ao longo dessa atual etapa existencial, dependendo de nosso modus vivendi, de hoje. Vamos exemplificar, eu posso ter pré-disposição a uma enfermidade cancerígena e dependendo de minha conduta, manifestá-la ou não, se abusar de cigarros ou outras substancias que eminentemente ativam essa deficiência, eu de fato terei. Mas se vivo, buscando a saúde e não me favoreço com tais substancia, é possível que eu não desenvolva tal enfermidade.
Cada vez mais avoluma-se o número de pesquisas que nos mostram a relação que existe entre a saúde, emoções e atitude mental. Existem pensamentos, sentimentos e atitudes que predispõem à saúde e outras que predispõem à doença.
O que nos leva a perguntar: Estamos vivendo o que é próprio para viver no hoje? – Estamos vivendo agora da melhor maneira que podemos viver? – O nosso corpo está saudável? – Estamos nos sentindo bem, mas de fato estamos bem? – Agradecemos cotidianamente o nosso corpo? – Oramos durante o dia? – Entramos em sintonia com o Senhor da Vida? - Quando chegamos diante do espelho, nos achamos belos? – Somos importantes para nós mesmos? – Fazemos o melhor possível, sempre que produzimos algo?.
A nossa essência não é o corpo, a mascara. A nossa essência é o ser, o espírito, que essêncializa todas as coisas.
Quando se tornar mais patente a compreensão desta verdade em nossas vidas, e nossas mentes estiverem conscientes, a ponto de se tornarem transparentes, a luz interna do nosso ser já não estará mais escondida, oculta, esquecida, ela irá espelhar o que de fato somos e nossos potenciais adormecidos.
Fazer a nossa parte na vida, respeitando os outros, é muito importante. Por vezes, fazemos pouco, mas já é um começo, e aí, mesmo sendo pequeno nosso contributo, precisamos acreditar que ele também é importante. DESISTIR NUNCA!
De fato, ter uma visão positiva do futuro talvez seja o mais poderoso motivador que você e eu temos para mudança. "Ao final do trabalho, Barker relata uma estória bastante curiosa a qual se baseia nos escrito Loren Eiseley. Descreve que um homem muito sábio seguia pela beira da praia quando divisou a uma certa distância um vulto que lhe pareceu estar dançando. A idéia de alguém dançando na praia lhe pareceu interessante e ele buscou aproximar-se. Verificou tratar-se de um jovem com uma atitude peculiar. O que lhe parecia um bailado era na verdade um conjunto de movimentos que o rapaz fazia para abaixar-se, pegar estrelas-do-mar e atirá-las de volta ao oceano. O sujeito achou a atitude curiosa e inquiriu ao rapaz: - "O que fazes?" - "Jogo estrelas de volta ao mar.." - foi a resposta dele. - "Talvez devesse ter perguntado por quê o fazes..." - continuou o homem com um ar de deboche. - "É que o sol está a pino e a maré está baixando, se não as atirar elas morrerão ressecadas" - retrucou. - "Mas que ingenuidade! Você não vê que há quilômetros e quilômetros de praias e nelas há milhares e milhares de estrelas! Sua atitude não fará diferença." O jovem abaixou-se, pegou uma estrela e cuidadosamente a atirou de volta ao mar, seguindo o seu peculiar procedimento. Em seguida voltou-se para o homem e disse: - "Para essa aí fez diferença..." - O homem ficou muito pensativo sobre o que ocorrera e naquela noite não conseguiu dormir pensando nas palavras do jovem. No dia seguinte levantou-se, vestiu suas roupas, foi até a praia e começou com o jovem a atirar estrelas no oceano. Barker concluí a estória com uma reflexão importante. O que o jovem tinha de diferente era a sua opção de NÃO ser mero observador do universo, mas AGIR nele, modificá-lo de alguma forma e afirma: "... uma visão sem ação é um sonho. Ação sem visão é passatempo. Mas se aliamos nossas visões a nossas ações faremos diferença no universo."
Então, vamos fazer a diferença no Universo que nos rodeia, vamos ser os primeiros a respeitar, a declarar o amor, a viver mais saudáveis, a buscar sempre o melhor, a orar, enfim, existem tantas coisas boas que podemos fazer. Mas lembre-se que você pode fazer a diferença.

Fonte:http://www.espirito.org.br/portal/artigos/elferr/a-vida-e-o-seu-sentido.html


sábado, 9 de março de 2013

O poder da oração


Aluney Elferr Albuquerque Silva

O homem tem estado vivendo internamente em profunda escuridão e decepção. Sua mente, canal ,maior de exploração das verdades e do mundo invisível, só tomou conhecimento do mundo espiritual com o advento do espiritismo.

Agora, já sabemos disso, já sabemos que a vida é perene e não se finda com a caída do corpo ao chão, mas continua bela e exuberante em sua essência. Difícil tem sido para a humanidade aceitar algumas idéias espiritualistas com referencia a vida após a morte, mas que é uma das maiores certezas que temos na existência a famosa e ainda para alguns “misteriosa”, morte.

E com esse receio, alguns se afastam de nossa realidade mais íntima, realidade espiritual. Vamos com isso, nos apegando a cada dia, ainda mais, as preocupações terrenas e nos olvidando das incorruptíveis, as espirituais. E com tudo isso, as dificuldades do dia-dia, problemas emocionais, flagelos do medo e receio, pavor da morte, o homem em meio de tantos desafios, esmorece e esquece-se de recursos simples, mas que podem fazer e fazem a diferença.

A prece, por exemplo, sendo ela um dos principais instrumentos que conduz ao esclarecimento e a iluminação, não é utilizada largamente, como deveria.

Se para alguns as realidades espirituais parece ser coisa inatingível, com a prece não acontece o mesmo, visto que qualquer pessoa independente de concepção religiosa, pode evocar a prece que mais gosta e entrar em sintonia com Deus. Ainda que simples, mas mister se faz ser de coração.

Certa feita, nos foi dito que o tempo é questão de preferência e de fato, concordamos com a seguinte opinião, pois diariamente os afazeres tais como: dinheiro, preocupação demasiadas, intrigas e etc., nos afastam de nossos horizontes e estão em maior cotação que o próprio caminho espiritual de libertação, do qual a prece, a simples prece, é o portal.

A questão da prece é tão importante que o Dr. Sang Lee, médico, autor de livros, teria comprovado, regenerações celulares, já desenganadas por outros médicos, através do eficiente tratamento médico e orações, momento em que se reunia com os enfermos e faziam juntos orações em prol de suas curas, tendo logrado êxito em várias experiências como essa, tudo isso citado didaticamente em seu livro Saúde, novo estilo de vida.

Sem a oração, dificultamos o nosso maior aliado no fortalecimento de nossas defesas orgânicas – a esperança. Quando a esperança nos abandona, tornamos extremamente difícil a produção de qualquer substância orgânica que nos faça fortalecer nosso corpo, nossas células.

A esperança faz toda a diferença. Todos precisamos de esperança para prosseguir na luta pela vida e por mais saúde, ou recuperação dela. A esperança, porém, pode ser exercitada, comecemos mudando nosso modo de ver as coisas, acreditando que há uma causa que deságüe sempre numa conseqüência, e que nada na vida é por acaso, para tudo existe uma explicação e que Deus nos ama, e quer que possamos ser felizes.

A falta de perspectiva, ou a falta de esperança, abate nossas forças minando nossa coragem de viver, fazendo-nos doentes.

O poder da prece exerce modificações substanciais e profundas nas situações de fraqueza emocional que muitas das vezes nos torna criaturas sempre pessimistas. Quando oramos abrimos possibilidades para que a luz se faça perene em nosso derredor e possibilitamos receptividade para que Deus, através de seus emissários nos auxilie e nos fortaleça. Neste caso a prece abre cominhos mentais e espirituais para o caminho mais direto da redenção. Um único e mínimo ponto de luz que façamos já é bastante suficiente para destruir ou minorizar as impregnações de desanimo, depressão, desilusão e as forças contrárias, que não nos desejam a felicidade, afastando de nós os sentimentos muitas vezes alimentados também por focas exteriores, de vingança, ódio e ressentimento.

É importante que busquemos a prece em nossa prática diária, pois nos beneficiaremos quando orarmos e também quando alguém ora por nós.

O que nos falta é hábito de fazermos essa prática todos os dias, então agora façamos uma análise de nosso cotidiano e sem mentiras, vamos ver o que estamos fazendo dele, como estamos vivendo, estamos de fato resguardando um tempo para nossa prece, meditação que tanto precisamos.

O bem é a nosso favor, não fosse assim, Deus não seria Pai, mas Ele é, então se temos esses recursos de refazimento e alegria ao nosso alcance, o que nos falta para usá-lo. Não precisamos de palavras eloqüentes, pois o Próprio Jesus, nos legou ensinamentos sobre a singeleza da prece e que “ela deveria ser feita de portas fechadas, tu e teu Pai que esta no Céu”, o que nos acrescenta, que não precisamos fazer a prece gritando para outros ouvirem, basta que a façamos de coração limpo e sincero.

Pela prece o homem atrai o concurso dos bons Espíritos, que vêm sustentá-lo nas boas resoluções e inspirar-lhe bons pensamentos. Assim, adquire ele a força necessária para vencer as dificuldades e entrar no bom caminho, se deste se houver afastado. Também assim, desviará de si os males que por sua culpa atraísse.

Por exemplo: um homem vê a sua saúde arruinada pelos excessos cometidos e arrasta, até ao fim de seus dias, uma vida de sofrimentos. Terá razão de se queixar quando não alcançar a cura? Não, porque pela prece poderia ter obtido força para resistir às más tentações.

Separando-se os males da vida em duas partes, uma formada pelas tribulações que o homem não pode evitar e a outra pelas que lhe causam sua incúria e excessos, ver-se-á que esta excede de muito àquela.

Torna-se, pois, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, e que as evitaria se sempre agisse com prudência e acerto.

É igualmente real que essas misérias resultam de infringirmos as leis de Deus, e que, se as observássemos, fielmente, seríamos perfeitamente felizes. Se não excedêssemos o limite do necessário na satisfação das nossas necessidades, evitaríamos as enfermidades que são a conseqüência dos excessos, e as vicissitudes a que essas moléstias nos arrastam; se limitássemos as nossas ambições, não teríamos a ruína; se não quiséssemos subir além do que podemos, não teríamos a queda; se fôssemos humildes, não passaríamos pela decepção de ver abatido o nosso orgulho; se praticássemos a lei da caridade, não seríamos mendigos, nem invejosos, ou ciumentos; evitaríamos as questiúnculas e as dissensões; se não fizéssemos mal aos outros, não recearíamos as vinganças, etc.

Admitindo que o homem nada possa contra os outros males, e que a prece seja ineficaz para deles preservá-lo, já não será bastante que possa libertar-se de todos os que provêm de si mesmo? Ora, aqui a ação da prece se concebe facilmente, pois tem por fim obter a inspiração salutar dos bons Espíritos e a força para resistir aos maus pensamentos, cuja execução pode ser funesta. Neste caso, não é o mal que eles desviam, mas o nosso mau pensamento que, aliás, nos pode causar grande mal; não embaraçam, em coisa alguma, os decretos de Deus; não suspendem o curso das leis da Natureza; apenas impedem que infrinjamos essas leis dirigindo o nosso livre-arbítrio. Mas fazem-no sem que o saibamos, de modo oculto, para não nos tolher a vontade.

O homem ficará, então, na posição de quem solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando sempre a liberdade de os seguir ou não. Deus assim o quer para que o homem tenha responsabilidade dos seus atos e para lhe deixar o mérito da escolha entre o bem e o mal. Isso, o homem pode ter a certeza de obter sempre, se pede com fervor. A esse caso é que se aplicam estas palavras do Evangelho: «Pedi e obtereis.»

Fonte:http://www.espirito.org.br/portal/artigos/elferr/o-poder-da-oracao.html

quinta-feira, 7 de março de 2013

Materialismo X Espiritismo na visão de Bezerra de Menezes

Conta-se que o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes orientava, no Rio, uma reunião de estudos espíritas, com a palavra livre para todos os circunstantes, quando, após comentários diversos, perguntou se mais alguém desejava expressar-se nos temas da noite.
Foi então que renomado materialista, seu amigo pessoal, lhe dirigiu veemente provocação:
- Bezerra, continuo ateu e, não somente por meus colegas mas também por mim, venho convidá-lo a debate público, a fim de provarmos a inexpugnabilidade de Materialismo contra as pretensões do Espiritismo. E previno a você que o Materialismo já levantou extensa lista de médiuns fraudulentos; de chamados sensitivos que reconheceram os seus próprios enganos e desertaram das fileiras espíritas; dos que largaram em tempo o suposto desenvolvimento das forças psíquicas e fizeram declarações, quanto às mentiras piedosas de que se viram envoltos; dos ilusionistas que operam em nome de poderes imaginários da mente; e, com essa relação, apresentaremos outro rol de nomes que o Materialismo já reuniu, os nomes dos experimentadores que demonstraram a inexistência da comunicação com os mortos; dos sábios que não puderam verificar as fictícias ocorrências da mediunidade; dos observadores desencantados de qualquer testemunho da sobrevivência; e dos estudiosos ludibriados por vasta súcia de espertalhões... Esperamos que você e os espíritas aceitem o repto.

Bezerra concentrou-se em preces, alguns instantes, e, em seguida, respondeu, aliando energia e brandura:
- Aceitamos o desafio, mas tragam também ao debate aqueles que o Materialismo tenha soerguido moralmente no mundo; os malfeitores que ele tenha regenerado para a dignidade humana; os infelizes aos quais haja devolvido o ânimo de viver; os doentes da alma que tenha arrebatado às fronteiras da loucura; as vítimas de tentações escabrosas que haja restituído à paz do coração; as mulheres infortunadas que terá arrancado ao desequilíbrio; os irmãos desditosos de quem a morte roubou os entes mais caros e a cujo sentimento enregelado na dor terá estendido o calor da esperança; as viúvas e os órfãos, cujas energias terá escorado; para os caluniados aos quais terá ensinado o perdão das afrontas; os que foram prejudicados por atos de selvageria social mascarados de legalidade, a quem haverá proporcionado sustentação para que olvidem os ultrajes recebidos; os acusados injustamente, de cujo espírito rebelado terá subtraído o fel da revolta, substituindo-o pelo bálsamo da tolerância; os companheiros da Humanidade que vieram do berço cegos ou mutilados, enfermos ou paralíticos, aos quais terá tranquilizado com princípios de justiça, para que aceitem pacificamente o quinhão de lágrimas que o mundo lhes reservou; os pais incompreendidos a quem deu força e compreensão para abençoarem os filhos ingratos e os filhos abandonados por aqueles mesmos que lhes deram a existência, aos quais auxiliou para continuarem honrando e amando os pais insensíveis que os atiraram em desprezo e desvalimento; os tristes que haja imunizado contra o suicídio; os que foram perseguidos sem causa aparente, cujo pranto terá enxugado nas longas noites de solidão e vigília, afastando-os da vingança e da criminalidade; os caídos de toda as procedências, a cujo martírio tenha ofertado apoio para que se levantem...
Nesse ponto da resposta, o velho lidador fez uma pausa, limpou as lágrimas que lhe deslizavam no rosto e terminou:
- Ah! meu amigo, meu amigo!... Se vocês puderem trazer um só dos desventurados do mundo, a quem o Materialismo terá dado socorro moral para que se liberte do cipoal do sofrimento, nós, os espíritas, aceitaremos o repto.

Profundo silêncio caiu na pequena assembleia, e, porque o autor da proposição baixasse a cabeça, Bezerra, em prece comovente, agradeceu a Deus as bênçãos da fé e encerrou a sessão.

Bezerra de Menezes
Fonte:http://dimensaodoespirito.blogspot.com.br/2012/06/materialismo-x-espiritismo-na-visao-de.html