terça-feira, 28 de maio de 2013

O fenômeno mediúnico

Manoel Philomeno de Miranda (espírito)

O fenômeno mediúnico, para expressar-se com segurança, exige toda a complexidade do mecanismo fisiopsíquico do homem que a ele se entrega, assim como da perfeita identificação vibratória do seu comunicante.

Para o desiderato, o perispírito do encarnado exterioriza-se em um campo mais amplo, captando as vibrações do ser que se lhe acerca, por sua vez, igualmente ampliado, graças a cuja sutileza interpenetram-se, transmitindo reciprocamente os seus conteúdos de energia, no que resulta o fenômeno equilibrado.

Às vezes, automaticamente, dá-se a comunicação espiritual, produzindo o fato mediúnico, ora por violenta injunção obsessiva e, em outras oportunidades, por afinidades profundas, quando a ocorrência é elevada.

Seja porém, como for, sem o contributo e a ação do Perispírito, a tentativa não se torna efetivo.

Desse modo o conhecimento do Perispírito é de vital importância para quantos desejam exercitar a mediunidade colocando-a a serviço de ideais enobrecedores.

Penetrabilidade, elasticidade, fluidez, materialização, depósito das memórias passadas entre outras oferecem compreensão e recurso para melhor movimentação dessas características, algumas das quais são imprescindíveis para a execução da tarefa, no fenômeno de intercâmbio espiritual.

A fixação da mente, através da concentração, proporciona dilatação do campo perispirítico e mudança das vibrações que variam das mais grosseiras às mais sutis a depender, igualmente, do comportamento moral do indivíduo.

O pensamento é o agente das reações psíquicas e físicas, sem o que, os automatismos desordenados levam aos desequilíbrios e aos fenômenos mediúnicos perturbadores, que respondem pelas obsessões de variada nomenclatura, que aturdem e infelicitam milhões de criaturas invigilantes e desajustadas.

Todo fulcro de energia irradia-se em um campo que corresponde à sua área de exteriorização, diminuindo a intensidade, à medida que se afasta do epicentro. Graças a isto, são conhecidos os campos gravitacional e atômico, no macro e microcosmo, conforme os detectou Albert Einstein.

Na área psicológica não podemos ignorar-lhe a presença nas criaturas, gerando as simpatias - por decorrência de afinidades vibratórias entre as pessoas que se identificam - e a antipatia - que deflui do choque das ondas que se exteriorizam, portadoras de teor diferente produzindo sensações de mal-estar.

Invisível, no entanto preponderante nos mais diversos mecanismos da vida, o campo é encontrado no fenômeno mediúnico, através de cuja irradiação é possível o intercâmbio.

Cada ser humano, encarnado ou não, vibra na faixa mental que lhe é peculiar, irradiando uma vibração especifica.

Quando nas comunicações, os teores são diferentes, a fim de produzir-se a afinidade, o médium educado sintoniza com o psiquismo irradiante daquele que se vai comunicar, e se este é portador de altas cargas deletérias, demorando-se sob vibrações baixas, o hospedeiro permite-se dela impregnar até que, carregado dessas energias pesadas, logra envolver-se no campo propiciador, portanto, de igual qualidade, cedendo as funções intelectuais e orgânicas à influência do ser espiritual que passa a comandá-lo, embora sob a sua vigilância em Espírito, que não se aparta, senão parcialmente, do corpo.

Quando se trata de Entidade portadora de elevadas vibrações, mais sutis que as habituais do médium, este, pelas ações nobres a que se entrega, pela oração e concentração, em que se fixa, libera-se das cargas mais grosseiras e sutiliza a própria irradiação, enquanto o Benfeitor, igualmente concentrado, condensa, pela ação da vontade e do pensamento, as suas energias até o ponto de sintonia, proporcionando o fenômeno de qualidade ideal.

Em casos especiais, nos quais seres muito elevados ou grotescos, nos extremos da escala vibratória compatível com a Vida na Terra, vêm-se comunicar, os Mentores, que mais facilmente manipulam as energias, tornam-se os intermediários que filtram as idéias e canalizam-nas em teor mais consentâneo com o campo do sensitivo, ocorrendo o fenômeno da mediunidade disciplinada.

O fenômeno mediúnico, portanto, a ocorre no campo de irradiação do Espírito através do Perispírito, está sempre a exigir um padrão vibratório equivalente, que decorre da conduta moral, mental e espiritual de todo aquele que se faça candidato.

Certamente, como decorrência do campo perispiritual, diversos núcleos de vibrações, nos quais se fixa o Espírito ao corpo, bem como em face do mecanismo de algumas das glândulas de secreção endócrina, apresentam-se as possibilidades ideais para o intercâmbio espiritual de natureza mediúnica.

Assim havendo constatado, foi que o Codificador do Espiritismo com sabedoria afirmou que a faculdade "é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento, mais ou menos dócil aos Espíritos em geral que "os médiuns emprestam o organismo material que falta a estes para nos transmitirem as suas instruções".

Revista Presença Espirita setembro de 1991, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

EUTANÁSIA, NÃO!!


Por desconhecimento das leis divinas, mais do que por maldade, existem pessoas, pertencentes a todos os setores da sociedade, defensoras da pratica da Eutanásia. Justificam devido aos sofrimentos alheios nos leitos de agonia e de padecimentos físicos. No entanto será permitido ao homem destruir o que não pode criar?
Vejamos a Eutanásia na visão espírita:
Pergunta 953 de “O Livro dos Espíritos”:
“- Quando uma pessoa vê diante de si um fim inevitável e horrível, será culpada se abreviar de alguns instantes os seus sofrimentos, apressando voluntariamente sua morte?” (grifos nosso).
“È sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência. E quem poderá estar certo de que, malgrado às aparências, esse termo tenha chegado; de que um socorro inesperado não venha no ultimo momento?”.
É sempre uma falta de resignação e de submissão á vontade do criador.
“- Deve-se por termo às provas do próximo quando se pode, ou é preciso, por respeito aos desígnios de Deus, deixá-las seguir seu curso?”
“Dissemos e repetimos, freqüentemente, que estais sobre a Terra de expiação para rematar vossas provas, e que tudo aquilo que vos sucede é uma conseqüência de vossas existências anteriores, o ônus da divida que tendes a pagar. Mas esse pensamento provoca, em certas pessoas, reflexões que é necessário deter, porque poderiam ter conseqüências funestas”.
“- Um homem está agonizante, vitima de cruéis sofrimentos; sabe-se que seu estado é desesperador; é permitido poupar-lhe alguns instantes de angustia, apresando-lhe o fim?”
“Quem, pois, vos daria o direito de prejulgar os desíg-nios de Deus? Não pode, Ele conduzir um homem à borda do fosso para daí o retirar, a fim de fazê-lo retornar a si mesmo e de o conduzir a outros pensamentos? Em qual-quer extremo que esteja um moribundo, ninguém pode dizer com certeza que sua ultima hora chegou. A ciência
jamais se enganou em suas previsões?” (“O evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. V, itens 27 e 28)
Na pergunta 702 de “O Livro dos Espíritos”, no capitulo V - Lei de Conservação, Kardec se dirige aos Espíritos:
“O instinto de conservação é uma lei natural?”
“Sem duvida. Ele é dado a todos os seres vivos, qual-quer que seja o grau de sua inteligência. Em uns, ele é pu-ramente maquinal, em outros ele é racional.”
Esta resposta nos mostra o quanto é importante nosso corpo e a responsabilidade que temos de conservá-lo.
Espiritismo e Eutanásia (*)
Podem chover argumentos a favor da Eutanásia, o que não impede, à luz redentora do Espiritismo, sejam os seus responsáveis considerados assassinos, que a justiça do mundo nem sempre pune, porém, perante Deus, fica registrado, identificando-os na contabilidade divina, com vistas a dolorosos resgates, em amargas expiações no futuro, atenuadas ou agravadas, pela Lei, segundo as suas motivações. A Eutanásia, em suma, é sempre uma forma de homicídio, pelo qual os seus autores responderão no porvir, em grau compatível com as suas causas determi-nantes.
Pergunta 106 do livro “O Consolador”, ditado pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Candido Xavier (ed. FEB):
“- A eutanásia é um bem, nos casos de moléstia incurável?”
“O homem não tem o direito de praticar eutanásia, em caso algum, ainda que a mesma seja a demonstração aparente de medida benfazeja. A agonia prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a moléstia incurável pode ser um bem, como a única válvula de escoamento das imperfeições do Espírito em marcha para a sublime aquisição de seus patrimônios da vida imortal.”
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Referência:“O Pensamento de Emmanuel”, de Martins Peralva,ed.FEB.
Diga NÃO a EUTANÁSIA! Diga SIM a VIDA.

Autor: Dionísio Costa
Fonte:http://www.lampadarioespirita.com 

domingo, 12 de maio de 2013

Espiritismo e o Dia das Mães

Reencarnamos para aprender a amar. Precisamos aprender a disciplina, adquirir conhecimentos e fortalecer experiências. Mas tudo, no final das contas, se resume no Amor. O Universo foi feito do Amor de Deus. Deus é Amor. Difícil de entender? Para nos facilitar o entendimento é que reencarnamos, para praticar na matéria o Amor de que somos capazes.

Nosso estágio evolutivo não permite grandes voos filosóficos. A ideia que fazemos de Deus é o máximo que podemos alcançar. E para lembrarmos que Deus é Amor nascemos da mulher. Se Deus é a ideia mais alta que podemos alcançar, a Mãe é a primeira prova de Amor com que nos deparamos a cada mergulho na matéria.

Em mundos mais adiantados não existe a reprodução como a conhecemos, e talvez não exista por lá a figura materna. Para eles pode parecer muito estranho mudarmos de plano por meio de outro ser. Mudamos do plano astral para o plano físico por intermédio de um ser que já esteja no plano físico. Somos plantados dentro deste ser e germinamos no seu ventre. E no seu ventre crescemos, nos desenvolvemos, damos forma ao nosso corpo físico utilizando os recursos materiais que chegam até nós pela Mãe, este ser que nos abriga, sustenta e protege.

E quando inauguramos nosso diminuto invólucro de carne na reencarnação que se inicia, contamos com a Mãe para nos nutrir, agasalhar, zelar, velar, desvelar. Contamos com o seu amor, mais do que com o simples instinto ou senso de responsabilidade.

A Mãe é quem nos recepciona e orienta neste plano de que não temos lembrança quando aqui chegamos. É quem nos passa as primeiras informações de como a coisas funcionam por aqui. E se for uma Mãe como se espera que seja, vai nos lembrar valores que estão adormecidos dentro de nós, e que precisam ser reativados para que possamos utilizá-los. E vai perceber e corrigir desvios de caráter de que ainda não nos livramos, e que trazemos junto com o resto de nossa bagagem milenar.

Estranho ser, este, chamado Mãe. Se apega tanto aos seres que reencarnaram por seu intermédio que nem sempre sabe quando é o momento de deixar que eles caminhem com seus próprios pés, e que caiam de vez em quando para que aprendam a se levantar. Leva tão a sério o seu papel de recepcionista e instrutora do ser que brotou dentro dela, que custa a perceber e aceitar que este ser já existia há muito tempo, que não pertence a ela, que é um ser único, individual, um ser de ninguém. Filho de Deus, como todo mundo.

Quando eu era criança, aprendi na escola sobre a origem do Dia das Mães. Foi a iniciativa de uma moça que amava muito a sua mãe e que sentiu muito a sua falta quando ela desencarnou. Ficou deprimida mas teve ânimo de aceitar a ideia de suas amigas de homenagear a memória da sua mãe com uma festa. Isso a empolgou, e ela achou que esta festa, esta homenagem, devia ser direcionada a todas as mães, encarnadas e desencarnadas. A ideia foi se desenvolvendo como uma maneira de todas as crianças lembrarem e homenagearem as suas mães, valorizando os laços familiares e o amor e o respeito pelos pais. Iniciou uma campanha que durou uns três anos e se sagrou vitoriosa com a adoção de um dia dedicado às mães nos Estados Unidos da América.

Muitos países aderiram à comemoração, inclusive o Brasil, onde foi introduzida por intermédio da ACM de Porto Alegre. Logo a ideia simples e despretensiosa se tornou mais uma data comercial. Hoje, no Brasil, o Dia das Mães só perde para o Natal em apelo comercial.

A literatura espírita é cheia de exemplos de mães que zelam durante séculos por seus filhos, no astral. A obra de André Luiz traz exemplos muito interessantes de mães bastante evoluídas espiritualmente que deixaram de desfrutar dos planos a que teriam direito para não se afastarem daqueles a quem permanecem amando como filhos do seu coração.

A todas as mães, a todos os pais, tios, tias, padrinhos, madrinhas que desenvolvem o amor e o papel de Mãe, nesta sociedade em que os papéis já não são estáticos como antes, feliz Dia das Mães!