sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Lei de causa e efeito



Temos que reconhecer que neste mundo equivocado que construímos, vivemos e sobrevivemos em torno dos efeitos. Os laboratórios gastam fortunas imensas para isolar um vírus ou uma bactéria no intuito de produzir os antídotos adequados ao combate de uma determinada doença que nada mais é do que um efeito causado pelo próprio homem. Valiosos recursos são investidos para viabilizar e aprimorar os transplantes de órgãos, os quais atendem ao mesmo propósito: sanear efeitos. Fundamentados nessa cultura estabelecida pelas conseqüências de causas não combatidas, são construídos todos os dias novos hospitais e presídios em todo o mundo.

A maior parte dos recursos gastos até hoje pela Ciência tem sido empregada para sanear os efeitos que, a cada década, se multiplicam em quantidade e diversidade, trazendo para o panorama terrestre as conseqüências da ação desequilibrada do espírito humano no trato dos valores essenciais da vida.

Todo mal que rouba a paz e a felicidade do ser humano se radica nas causas: as guerras, o terrorismo, as doenças e os transtornos mentais e psíquicos são provocados pela ignorância espiritual em que vive a maioria dos espíritos vinculados ao planeta Terra.

As Universidades todos os anos formam nossos jovens em várias especialidades cuja maioria se destina a cuidar dos efeitos. Quando o ser humano eliminar as causas que geram tais efeitos, não precisaremos mais de médicos, advogados, juízes, delegados, psicólogos, psiquiatras, etc. Enfim, todas as especialidades acadêmicas que sobrevivem dos efeitos se tornarão desnecessárias.

Você acendeu um facho de luz sobre muitas consciências que alimentam a vaidade acadêmica. A maioria dos homens não percebeu que os valores da Terra podem lhe auferir alguns títulos temporários, cujo valor existe apenas enquanto existir os efeitos dos quais sobrevivem, e que só os valores do espírito poderão lhe dar o respeito e a nobreza eterna.

Quando Albert Einstein afirmou que a Ciência, diante da realidade, é primitiva e inocente, com certeza visualizou essa realidade que acabei de expor. Mas, como disse, é o que temos de mais valioso; não fora a Ciência, não teríamos como amenizar o sofrimento humano causado pela sua incúria. Enquanto o homem não se conscientizar de que é preciso combater as causas, continuaremos necessitando das especialidades acadêmicas que fizeram de muitos homens verdadeiros sacerdotes nas várias áreas em que se empenharam salvando vidas e estabelecendo a justiça na Terra.

O homem, para sobreviver aos instantes que se aproximam, terá que desenvolver suas próprias virtudes e criar uma autêntica conexão com a realidade intrínseca à sua natureza espiritual.

Segundo Sócrates, o que há de comum entre todas as virtudes é a sabedoria! É o poder da alma sobre o corpo, a temperança ou o domínio de si mesmo.

O conhecimento espírita oferece aos de boa vontade recursos informativos imprescindíveis para o desenvolvimento das virtudes necessárias para uma real integração com sua mais profunda natureza. O Homem dispõe de inteligência, mas falta-lhe ainda a sabedoria.

Assim como o diamante reflete a luz do sol, o sábio é o diamante que reflete para o mundo a luz e a sabedoria de Deus.

Muitas vezes, a vida nos tem colocado em circunstâncias especiais para desenvolvermos a sabedoria, mas a vaidade e o orgulho acabam empanando nossa visão e nos tornamos cegos diante de valiosas oportunidades de libertação e crescimento espiritual.

É lamentável que só começamos a procurar o caminho da renovação depois que nos sentimos cercados pelos efeitos que criamos ao mergulharmos fundo no mundo das facilidades e das ilusões.

Livro: Einstein & Kardec – A Conexão Entre a Ciência e a Fé
Nelson Moraes
Aulus Editora

Autoria:
Colaboração: Fernando Peron

Fonte: http://www.neapa.org.br/ea111209b



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